Défice Fonológico e Leitura-Escrita: pistas de intervenção no 1º ciclo

Abstract

Este estudo reporta-se a uma investigação realizada no âmbito da dissertação de Mestrado em Ciências da Educação, no domínio específico da Educação Especial. O número significativo de crianças que apresentam problemas com a leitura e escrita, independentemente do ano de escolaridade, nas salas de aula é uma realidade que toda a gente conhece. Conscientes da dimensão do problema e de todas as implicações que ele pode ter na educação e na vida de uma criança, o nosso estudo aqui apresentado centra-se na problemática da dislexia. Reconhecendo a importância do papel que um diagnóstico e uma intervenção precoces podem ter, o estudo partiu da pergunta “ De que modo um défice fonológico interfere na aquisição da leitura e da escrita?, assumindo como objetivo geral perceber como ocorre a evolução destas crianças perante uma dada proposta de intervenção. Perante este objetivo de conhecimento concreto de uma realidade, a metodologia adotada foi de caráter qualitativo, recorrendo ao estudo de caso. Para tornar possível a definição de estratégias adequadas, possibilitando uma intervenção eficaz capaz de dar resposta às dificuldades que a criança apresentava, tivemos necessidade de nos centrar em dois aspetos antes de avançar para a intervenção propriamente dita. Numa primeira fase contextualizámos esta problemática – dislexia, enquanto dificuldade de aprendizagem específica, traçamos o seu “perfil” e debruçamo-nos sobre a importância da consciência fonológica e das competências que esta implica. Posteriormente, avaliamos o desempenho do aluno nas diferentes áreas e traçamos o seu perfil intraindividual. Perante as dificuldades apresentadas traçamos um plano de intervenção, que privilegiou a consciência fonológica e a leitura-escrita, naturalmente utilizando a linguagem e as competências auditivas. Após ter sido posto em prática a intervenção, reavaliámos o desempenho do aluno nas áreas em que apresentou claras dificuldades o que permitiu analisar a evolução do aluno e a eficácia das estratégias propostas.